Pedaço de um conto inacabado e não começado
Então,de súbito,o menino abriu a porta,desceu as escadas.Estava nervoso,suava frio.
A porta ao fim da escada estava entreaberta,deixando passar um feixe de luz muito branco que batia na parede e enchia tudo de luz,sem querer nunca esmaecer .O tapete fazia cócegas em seus pés,era uma manhã muito quente de sol,muito quente,o menino repetia-se...está muito quente...apertava contra o peito o pequeno saco marrom de camurça,amarrado com uma fita,e sentia que seus dedos machucavam qualquer coisa dentro dele,talvez um pedaço de seu coração.Então,tapando os olhos com o cotovelo,meio tonto,o menino arriscou uns passos pro lado de fora da casa,quando deparou um sol enorme á sua frente,gigantescamente amarelo,de um todo amarelo que não se deixa adivinhar vermelho ou qualquer outra cor.Voltou desesperado pela escada,aos solavancos correndo,deixou cair o saco,chamava pelos pais....-Que teria visto esse menino?Que de terrível há de ter acontecido?O menino arfava,e em seu peito a necessidade de contar a visão de um sol enorme e amarelo de uma luz tão louca quanto nunca tinha visto igual.Sua respiração agitava-se e faltavam-lhe as palavras-Socorro,que haverá de ter acontecido?Todos constataram consternados que o dia havia nascido.Nasceu afinal,para o menino que finalmente conhecia o sol ,conhecia-o de longe,de histórias muito quentes de terras longíguas no tempo em que os homens conheciam o sol porque ele os visitava todos os dias.Então o menino lembrou-se do saco marrom caído,como um coração de cera a derreter.
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