Foram 308 anos onde não acontecia nada no Brasil economicamente falando além da agricultura, o que se assemelha ainda a países que continuam assim mesmo no século XXI.
Com a corrida capitalista não deter tecnologia em produtos manufaturados significaria prejuízo constante em relação aos demais países que traziam bens de consumo. Mas o Brasil era apenas um território rural de Portugal e deveria continuar assim.
Como em 1808 a família real passou a morar no Brasil após ser convidada a se retirar, gentilmente, por Napoleão, ela queria fazer do país a sua nova casa e importar os luxos que lhe eram permitidos na antiga casa. Foram 24% de impostos para todos os países menos dos lusos que tinham que pagar 16%. Não era interessante na época ficar comprando de Portugal que estava sobre o domínio francês. Os laços de amizade entre estas nações estavam abalados.
Para alegria da terra da rainha em 1810 foi firmado um acordo que deixava os produtos ingleses com 15% de impostos no Brasil. Com produtos de qualidade superior e mais baratos o desenvolvimento foi um pouco mais atrasado, seria um acordo de 15 anos.
Em 1828 tiveram a interessante ideia de proteger o desenvolvimento brasileiro deixando todos os produtos importados, de todos os países, com 16% de taxas. Isso ajudou a atrasar a indústria nacional.
O Ministro da Fazenda Manuel Alves Branco mudou o cenário em 1944 decretando a Lei Alves Branco que instituia 20% para produtos sem similar nacional e 60% para os demais. Houveram até incentivos fiscais para setores como o têxtil, mas não havia consumidores suficientes para impulsionar o desenvolvimento da indústria, só existiam escravos e os ricos do café que não tinham interesse em investir em indústrias que não teriam clientes.
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