Avenida Ruy Barbosa

_ Oh, bucéfalo anácrono!
_ Oh, cavalo inoportuno!
Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes,
Não te chamo a atenção pelo valor dos cavalos,
mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação,
mas por ter entrado na minha casa,
levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa.
querendo levar meus patos.
Se fazes isso por necessidade, transijo;
Se for por necessidade tudo bem;
mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado,
mas se estiver de brincanagem comigo,
dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga,
te bato com minha bengala na tua cabeça,
e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
com força para o fazer sumir.

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Médico, para que te quero

Por duas vezes senti vontade de ir ao médico nos últimos dois anos, tempo do meu último emprego, e nas duas não fora uma tarefa simples. Sendo uma cidade diferente da que estava acostumado percebi um tratamento superior, na cidade onde agora trabalhava haviam superestimado minha capacidade de organização, vejam, como me vi adoecido em uma manhã de sexta-feira passaram o dia a me mandarem ao médico, mas gosto tanto de médicos que posterguei para ir somente após o horário de trabalho, chegando lá fui avisado que poderia agendar a consulta para o meio da semana seguinte. Não pedi maiores explicações, mas creio ser sensato estar sempre com uma consulta agendada para caso adoecer, infelizmente eu não sabia deste procedimento, mas melhorei no final de semana.
A segunda vez não consegui evitar, e nem a minha falta de previsão me ajudou, como gosto de adoecer aos finais de semana comecei a passar mal no final da sexta-feira, já sabendo dos médicos organizados evitei ao máximo, mas na tarde de sábado acabei sucumbindo, precisava ir até contra minha vontade. 
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Goldenberg Risoto de Camarão

“Conheci um bar que não existe. Um bar que fica numa rua triste, no subúrbio, onde há casas simples com cadeiras na calçada, e na fachada, escrito em cima que é um bar.

Há, neste bar que não existe, pelas inúmeras prateleiras, potes de vidro com cobras lindíssimas preservadas, um aquário, um carcará numa gaiola e um louro livre recebendo a freguesia, imagens de santos em madeira, escudos do Fluminense, galhos de arruda e um cágado sempre próximo aos banheiros, garrafas de todas as cores, e eu juro que ainda sóbrio vi a garrafa azul, a falante, do Visconde de Sabugosa, guardando a melhor aguardente do bar oferecida a uns poucos homens de sorte – além de mesas toscas, luz pouco forte, figas, fotografias.

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BatBarbosa

_ “Batman é o sonho do direitista anti-estado: bilionário, inconformado com a ineficiência do estado, sai a noite para fazer justiça com as próprias mãos. “Self made man”.”
_ Ué, esse não é o joaquim barbosa?

Não consegui um atalho para a página, mas a discussão era sobre o filme do Super Homem e, bom, acabei lendo isto.
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Plebiscito da VEJA

Resolvi responder à pauta de plebiscito proposto pela revista Veja, tarefa difícil, não consegui responder apenas com SIM ou NÃO. E você, o que pensa a respeito? (10 perguntas)



1. Os brasileiros trabalham cinco meses do ano só para pagar impostos e agora o governo quer que paguemos também todas as campanhas eleitorais dos políticos? Você concorda?

Sim, a proposta é a de que todos os candidatos usem recursos iguais e que a posse não seja comprada pelo investimento em propaganda. A proposta é de que não sejam vendidos à empresas que os financiem e depois estejam amarrados à elas que vão cobrar a administração pública depois de eleito.
(Nota do 247: ao apresentar dessa forma o tema do financiamento público de campanha, Veja omite que o financiamento privado é mais caro para a sociedade, uma vez que gera a corrupção e distorce as prioridades da agenda pública)

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