Tive uma conversa interessante
ontem. O valor de serviços não remunerados e dos meus erros.
Eu pedia coisas para uma pessoas
que mora comigo e nunca dava o devido valor, ontem, depois de pedir algumas
coisas entramos em uma discussão para por logo um fim à esta incógnita.
Pensava eu que como a ajudava
financeiramente seus trabalhos que não eram contabilizados eram menores do que
minha ajuda financeira. Mas, eu não trabalho porque quero e quando quero, não é
em um emprego edificante e realizador, portanto se ela também não iria
trabalhar por vontade própria nos serviços que faria (como varrer a casa ou
lavar a louça) teríamos apenas que quantificar um valor para o trabalho dela e
pronto. Teríamos como resultado uma dívida minha, caso eu esteja a ajudando
financeiramente de forma inferior ao trabalho dela, ou uma equidade, em que ela
poderia se sentir fazendo por merecer a ajuda que recebe, não tendo sido nada
grátis.
Como ela trabalho recentemente em
um serviço parecido em um restaurante achei conveniente pegar a remuneração dela
lá como modelo.
Certo que trabalhar seis horas
noturnas para um estranho sem qualquer estabilidade de que terá o emprego na
próxima semana não é tão lá equivalente quanto a fazer serviços domésticos para
o ambiente onde reside, mas era o que eu tinha.
R$ 45,00 diários, pelas seis
horas dela, como não era incomum sair de lá de madrugada e bem cansada eu achei
plausível reduzir para R$ 40 pelo mesmo horário diurno, com pausas a critério
próprio e no conforto da própria residência. Aproximadamente R$ 6,66 por hora
de trabalho.
Mas em casa não atendemos visitas
cotidianas. Quatro horas por dia em três dias por semana seriam mais que
suficientes para a casa nunca reter sequer poeiras. Assim são R$ 320,00 por
mês, com uma média de quatro semanas.
Tendo ela uma dívida de,
aproximadamente, sete mil reais comigo, que não tem sido amortizados, e nós
queremos colocar todos os números na mesa, vamos enfim dar à eles um término.
Com o trabalho dela a dívida acabará para passarmos a tratar nossos assuntos
financeiros com equidade. Já que a dívida se arrasta por vários meses, iniciar
agora um percentual de juros de 10% (algo abaixo de cartão de crédito, cheque
especial e empréstimo de pessoa física) não é irreal, tendo em vista que caso
queira deixar de pagar nada a impede.
Então temos um saldo inicial
negativo de R$7.000,00. Ao final do mês um ganho de R$ 320,00, pagará sua parte
de R$ 350,00 do aluguel e juros de R$ 700,00. Com isso, daqui a um mês a dívida
subirá para R$ 7.380,00.
Maio R$
7.798,00
Junho R$
8.257,80
Julho R$
8.763,58
Agosto R$
9.319,94
Setembro R$
9.931,93
Espero que ela consiga um emprego tão
logo possível, pois, está pessoa, se além de trabalhar domésticamente também
trabalhar para fora, precisará de R$ 611,99 para apenas pagar o que a dívida
vai aumentar em setembro. Eu não teria feito questão de nada disto, achava que
poderia ser tratado apenas como uma cooperação mútua. Mas acho que se é para o
bem de todos, se ela precisa saber o valor do seu trabalho, será um progresso.
Feminismo, amo você. S2 S2 S2
Agora falta só colocar um valor para aluguel da cama, já que ela não tem uma, e para o uso de utensílios e produtos químicos que por ventura ela precise utilizar, entre outras peculiaridades. Nada de coletivismos, tudo tem seu valor, todos tem seu valor, o importante é deixar tudo claro para quem ninguém saia no prejuízo.
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