As mães dizem

"Eu não sabia que ser mãe era comer restos de comida e passar o dia catando brinquedos."

"Sempre quis casar e ter filhos. Mas agora eu olho para qualquer pessoa e acho que ela é mais feliz."

"Dizem que filhos são um presente enviado pelo céu. Mas ninguém diz que às vezes a gente tem vontade de mandar o presente de volta."

"Sou uma pessoa artificial porque não me divirto arrumando a mochila de meus filhos ou discutindo com outras mães o conteúdo das aulas da escola. Nesse ponto da conversa, minha mente voa para pensamentos como: qual sapato vou combinar com minha saia?"

Uma grande amiga tem um menino de 2 anos, lindo, mas que ainda acorda à noite.
Um dia, ela me perguntou:
_Quando melhora?
Minha resposta foi curta, sincera e direta:
_Nunca."
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Um comentário:

Anônimo disse...

Esse teu texto está muito bom.Definirei agora por que o chamo de muito bom e ,para tal,falarei um pouco sobre o texto curto.
Há uma passagem do livro "Memórias do Cárcere" do Graciliano Ramos,que jamais esqueci...é quando Graciliano refere-se,encantado,á figura de Rodolfo Ghioldi,(um intelectual argentino militante do comunismo).Não guardei exatas as palavras de Graciliano ,mas a idéia é de que Ghioldi diz uma palavra como quem pode dizer cem.Escrever textos curtos é isso.Lutar contra o excesso,o redundante,o vazio,é uma luta árdua,que exige muito do espírito,é jogar contra a terrível ambigüidade da linguagem,que é a matéria vertente do texto e ao mesmo tempo o seu instrumento.O escritor de textos curtos não tem tempo para elaborar as impressões do leitor,enredá-lo,trabalhar horizontalmente.Precisa ser direto para dar o seu recado,tem que ser ágil no movimento de profundidade e trazer rápido o leitor de volta para o desfecho,fazendo-o compreender o todo.Escrever textos curtos é meio que jogar com a intuição do leitor.Você tem que plasmar uma boa imagem,uma imagem que seja reveladora de tudo o que quer dizer.É como um signo.Tem apenas um instante para conduzir o leitor até onde quer.Isso de fato você sabe fazer meu rapaz...mas me preocupou a maneira como você carrega a sua linguagem de termos, conceitos e jogos de palavras que sinceramente acho que te atrapalham.Então sugeri o texto longo,para que você tivesse mais espaço(isso mesmo)espaço para escrever e sua linguagem se distendesse,soltasse...Ficasse mais enxuta e mais direta,além do que esta seria uma possibilidade de organizar a multidão de idéias que acometem tua cabeça de uma só vez.Você as usaria todas.Um outro motivo de sugestão para o texto longo,é que sempre há a curiosidade de ver quem escreve o curto no longo...mas isso nada tem haver com "quem escreve curtos treina para um longo".O texto curto é uma boa praia,uma excelente praia pra quem sabe fazer.Acho também que a tua escolha vem de tua psicologia...como já disse o texto curto é irônico,uma pequena anedota,sempre deixa algum mistério e muito pano pra interpretação e discussão.Enquanto que no texto longo não...tudo é muito discutido já no texto,debatido,enredado,derramado.Ainda um outro motivo para que eu te indicasse o texto longo,seria de prática mesmo da escrita,você parece ter muito a dizer e angustiado por isso,além de ter mais contato com a criação,a título de exercício mesmo e por causa do tema,a sugestão da crônica.Você saberá adequar o teu modo de expressão ao que quer dizer.Enquanto isso,é hora de provar de tudo.Mas você tende para o texto curto,a representação de uma situação ou anedota.Isso contradiz em parte o que eu te pedi ao aventurar-se em linhas maiores,mas isso já tá explicado.E você deve continuar exercitando,se bem que a escolha do estilo é bem pessoal,depende de emoção a escolha expressiva.Dame sans merci