Li em algum lugar, sem saber que é o autor e sem me lembrar perfeitamente dos fatos.
Mas lá vai.
Ela vinha de calmamente com um lenço na cabeça em uma lambreta, era uma senhora de idade e trazia consigo umas trouxa atrás como bagagem. Estava passando pela ponte que nos interliga ao Paraguai e policiais de lá já são mais astutos com todos os tipos de peripécias que podem vir a planejarem para transportar todo tipo de mercadoria, mas ela apenas a transportava na traseira da lambreta.
O policial lá foi a parar, se fosse um acontecido de apenas uma vez talvez não o fizesse, mas tinha se repetido por alguns dias.
_O que a senhora está trazendo ai na sacola?
_É só areia seu guarda.
_Areia? Areia nada, abre isso ai que eu quero ver.
_Mas é só areia seu guarda.
E sem acreditar abriu a sacola e com seus próprios olhos areia ele viu.
Sem alternativa a senhora ele teve que deixar passar, mas ainda desconfiado ao ver no próximo dia ela voltar pelo mesmo caminho do mesmo modo com a sacola nas costas ele logo foi parando ela.
_Hoje também trás areia minha senhora?
_Pois não é que acertou seu guarda! Só areia...
_Mas eu não caiu novamente nessa não, então abre logo essa sacola que eu quero ver o que tem ai.
Ela assim o fez e ele novamente o mesmo viu.
Tomado por cólera e imensa curiosidade ele fez o mesmo dia após dia encontrando nada menos, nada mais, apenas areia. Chegou a simular hipóteses como o fato de alguém a avisá-la de sua presença ali e então substituir a carga, talvez alternasse os dias do contrabando, entre outras idéias. Mas o mês foi passando e nada de conceguir descobrir qual era o esquema que ela empregava.
Recorreu a um outro modo de abordagem e entregou os pontos. Em diálogo com ela disse:
_Tudo bem minha senhora, eu desisto. A senhora vai poder passar todo os dias por aqui como tem feito, não vou tentar te parar mais, não conto para ninguém, não vou reportar aos meus superiores e muito menos aprender a mercadoria, mas a senhora vai ter que me explicar agora o que está trazendo todos estes dias! Que eu tenho certeza que não é areia.
_O senhô prometi que não espaia?
_Sim sim.
_É a lambreta.
Mas lá vai.
Ela vinha de calmamente com um lenço na cabeça em uma lambreta, era uma senhora de idade e trazia consigo umas trouxa atrás como bagagem. Estava passando pela ponte que nos interliga ao Paraguai e policiais de lá já são mais astutos com todos os tipos de peripécias que podem vir a planejarem para transportar todo tipo de mercadoria, mas ela apenas a transportava na traseira da lambreta.
O policial lá foi a parar, se fosse um acontecido de apenas uma vez talvez não o fizesse, mas tinha se repetido por alguns dias.
_O que a senhora está trazendo ai na sacola?
_É só areia seu guarda.
_Areia? Areia nada, abre isso ai que eu quero ver.
_Mas é só areia seu guarda.
E sem acreditar abriu a sacola e com seus próprios olhos areia ele viu.
Sem alternativa a senhora ele teve que deixar passar, mas ainda desconfiado ao ver no próximo dia ela voltar pelo mesmo caminho do mesmo modo com a sacola nas costas ele logo foi parando ela.
_Hoje também trás areia minha senhora?
_Pois não é que acertou seu guarda! Só areia...
_Mas eu não caiu novamente nessa não, então abre logo essa sacola que eu quero ver o que tem ai.
Ela assim o fez e ele novamente o mesmo viu.
Tomado por cólera e imensa curiosidade ele fez o mesmo dia após dia encontrando nada menos, nada mais, apenas areia. Chegou a simular hipóteses como o fato de alguém a avisá-la de sua presença ali e então substituir a carga, talvez alternasse os dias do contrabando, entre outras idéias. Mas o mês foi passando e nada de conceguir descobrir qual era o esquema que ela empregava.
Recorreu a um outro modo de abordagem e entregou os pontos. Em diálogo com ela disse:
_Tudo bem minha senhora, eu desisto. A senhora vai poder passar todo os dias por aqui como tem feito, não vou tentar te parar mais, não conto para ninguém, não vou reportar aos meus superiores e muito menos aprender a mercadoria, mas a senhora vai ter que me explicar agora o que está trazendo todos estes dias! Que eu tenho certeza que não é areia.
_O senhô prometi que não espaia?
_Sim sim.
_É a lambreta.
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